20 dezembro 2012

  Passaram-se dias, semanas, meses.
  Os seus olhos brilhantes castanhos puxavam a minha atenção, mas eu nunca imaginara o quanto isso me afectaria. Ele sorria e eu retribuía, de forma meio estranha, meio tímida é certo, mas eu retribuía.
  Categorizei tudo aquilo, naquela pessoa que nunca olharia para mim se não como uma amiga. E foi aqui, neste categorização, que cometi o primeiro erro.
  Aos meus olhos eu perdia todo o valor. Porque iria eu achar que ele seria diferente, ao ponto de ver em mim uma pessoa interessante, bonita e talvez diferente também?
  Eu conheço-me, sei exatamente onde me perder, onde me encontrar, sei os meus limites, as minhas qualidades e defeitos, mas ainda assim não me valorizava, e foi neste momento que me perguntei porque haveria ele de estar disposto a dar-me esse valor se eu própria não mo dava? Foi este o primeiro impacto que ele teve em mim. 
  Passaram-se semanas. Ele já não era só aquele que me me dava o devido valor, era também aquele que com um simples olhar e uma mensagem de bom dia colocava um sorriso na minha cara. Sentia a apaixonar-me por alguém que provavelmente nunca iria sentir o mesmo por mim., e por isso, escondi. E este foi o segundo erro que cometi. Algumas semanas mais tarde, viria a saber que era correspondida, não há melhor sensação. Acho que foi nesta altura que tomei realmente consciência de que significava muito para alguém, que era amada, que alguém precisava de mim... E se eu não estava disposta a dar importância a mim mesma, ele estaria, preenchendo assim, aquele vazio.

7 comentários:

  1. é, mas acredita que ele não se lembra :x pelos vistos a amizade que tínhamos não era assim tão importante para ele.

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  2. talvez tenhas razão, não sei .. obrigada *

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  3. Adorei, fico muito feliz por teres conseguido encontrar o complemento do teu grande vazio. Agora depois de teres percebido que afinal eras amada começas-te a dar importância a ti mesma? espero que sim :))

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  4. já não vinha aqui há um tempinho, é bom voltar a ler os teus textos!

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'o que custa não são as opiniões negativas, o que custa é ninguém dizer nada'