16 agosto 2011

  Estava um fim de tarde amena. Era sexta-feira, e as ruas estavam mais movimentadas que o habitual. Ainda assim, encontrava-me sozinha, num banco de jardim, onde dei por mim a observar um casal jovem, encostado um ao outro, sem nada a temer. 
  Por ali fiquei, e eles também. Ela olhava para ele inocentemente, sorrindo-lhe por entre beijos leves que recebera de segundos em segundos carinhosamente. Eu sorri delicadamente encantada.
  Tentava imaginar algo idêntico, quando alguém toca no meu ombro, obrigando-me a deixar os pensamentos perdidos. Eras tu; aquele com quem a minha imaginação desvaneceu com o teu toque. Estremeci, e tentei recompor-me a tempo de não poderes ver que estava assustada. 
  Sentaste-te ao meu lado e sorriste-me. Estavas de passagem, e essa foi a primeira coisa que me disseste, perguntando-me de seguida o que estava a fazer  por ali. Lentamente e insegura, respondi olhando para o chão:
  - Gosto deste lugar, sinto-me muito bem aqui! 
  De certa forma não lhe tinha respondido à sua pergunta, mas ele esboçou um pequeno sorriso no seu rosto, aceitando assim tais palavras como resposta. 
  - Também acho! Há qualquer coisa neste jardim que me deixa apaixonado ...
  Sorri confusa. Estava agora um vento gelado, que fez com que ele se tenha aproximado de mim, envolvendo o seu braço no meu corpo, tendo como objectivo acalmar o tremer, do meu friorento corpo. Feito isto, olhou para mim, e acabou o que estava a dizer-me.
  - ... esse alguém és TU!

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