22 junho 2015

 Já me sinto melhor. A tempestade passou e estou agora a recuperar de todos os estragos. É normal que ainda veja muitas coisas de "pernas para o ar" e é muito provável que as consequências de toda a pressão posta sobre mim nas últimas semanas ainda nem sequer se esteja a fazer sentir, o que de certo modo me assusta. Mas estou a tentar levar a vida da melhor maneira.
 Há precisamente 3 semanas atrás, eu estava a ceder à minha rotina, e eu sempre fui muito dessas coisas em tempo de aulas e nunca, em toda a minha existência, me tinha sentido assim. Foi absurdo. Eu chorava antes das palavras me atingirem, e nem sempre eram más. Chegava tarde a casa, depois de um dia de aulas, e ainda com um mundo cheio de problemas para resolver eu decidia fugir deles e deitar-me na cama, à espera do sono que nunca veio. Foi assim três dias, três longos dias e noites, em que via todos os minutos passar no relógio do meu telemóvel. Simplesmente desesperava, chorava, cobria-me com o frio, destapava-me com o calor. Quis levantar-me e aproveitar que, já que não dava para fugir aos meus problemas dormindo, pelo menos ia estudar, e não dava. A cabeça pesava mais que o corpo inteiro, e eu decidia ficar por ali, deitada, só. 
 Ele questionou-me se nas últimas semanas se passava só isto, a pressão das faculdade, eu inocente respondi que sim. Mas pensando, o que é que eu tinha de bom? Não tinha tempo para estar com ele, não tinha tinha tempo para mim, tinha discussões com tudo e todos, tinha ainda um grande monte de folhas para estudar, com sete avaliações em sete dias. E eu explodi. Eu desabei como nunca tinha acontecido em toda a minha vida...

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