23 maio 2015

  Confesso que é difícil falar das minhas inseguranças, e não sei porquê, mas quando se trata de ti complica trezentas vezes mais, sem qualquer exagero. Sonhei há alguns dias atrás uma cena tirada de um filme, ou melhor, digna de novela. A minha mãe sempre me disse que tenho um jeito inacreditável para imaginar tudo aquilo quase impossível de acontecer. Escusado será dizer que para mim tudo faz sentido. Ver-te com outra pessoa, de todas as maneiras possíveis e imaginárias. 
  É por isso que não gosto das minhas longas viagens de autocarro. Tenho tempo mais que suficiente para as minhas inseguranças subirem do patamar absurdo em que já se encontram. Acabo por ficar de tal forma perturbada que me isolo nos meus dias longe de casa, longe de ti. E sabes o que me mata? Esperar a semana toda sozinha, com os meus medos, para te ver algumas horas no fim de semana. O tempo nunca é suficiente perto de ti. Hoje é sábado, e eu tenho saudades tuas.

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