25 novembro 2016

Decido explicar o motivo da minha ida, porque preciso, porque sempre que aqui entro é um fechar de capítulo sem um porquê. 
A minha vida parou. Não sei dizer de outra forma. Mas a verdade é que o mundo continuou. Quis que acabasse, numa primeira fase, quando perdi, achava eu, o amor da minha vida. Quatro anos que sempre achei ter deitado ao ar. Hoje, passados quase dois meses penso diferente, naturalmente. Ainda sofro, ainda choro e pergunto porquê, mas já não desespero porque de um momento para o outro não quiseste mais saber de mim.
Quando a desculpa é não ter tempo e os nossos caminhos se distorcem atribuladamente, não passa disso mesmo: de uma desculpa. Hoje não me custa tanto pensar que não gostavas de mim, mas custa pensar ver-te com outra pessoa. Porque te amo, porque me preocupo e penso ainda na vida que tinha contigo.
Desejo que sejas feliz mas ainda não consigo dize-lo sem me faltar as palavras interrompidas pelo choro. 
Queria muito que este não fosse o meu motivo de ir embora, mas não me resta mais nada. Continuo a escrever-te, mas para mim apenas. 
Adeus amor da minha vida. Adeus. 

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