18 outubro 2013

 Passaram duas semanas e confesso que esperava outro final. Acho que em alguma parte de mim, ainda existia uma pequena esperança, a que me movera inutilmente em direção a ti, que de certa forma, já nem estavas lá.
 A minha voz tremia quando proferi as minhas últimas palavras para ti. Arrependo-me de ter mostrado exatamente como me senti, não merecias ver-me verdadeiramente, mas não dava para fingir e muito menos esconder. Agradeço-me ainda assim, por não ter chorado e por ter tido a coragem de te olhar nos olhos e conseguir interpretar aquilo que poderia vir a ser a resposta nunca dita em voz alta. Eu preferia ouvir-te.
 Gostava que hoje tivesse a certeza que aquele ponto final nunca mais vira vírgula. Queria ter a certeza que aquele sentimento de desconhecidos não voltava a ter outro significado, qualquer que fosse ele. Queria ter a certeza de que me odeio por não te odiar. Mas não tenho essa certeza.

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